Tantas vezes me vi indo embora,
sem medo de sair lá fora,
longe daqui dentro que tanto me travou,
perto daquele poema que conta montanhas e céus coloridos,
longe dos teus ouvidos caríssimo mendigo do sentimento,
dentro das pinturas mais loucas,
perto de provar outras bocas,
certa de que a estrada não favorece
aquela que não esquece
o que passou e quem amou
por quem viveu e quem morreu,
dos outros todos quem conheceu...
Não é fácil uma vida cheia de solidão acompanhada
porque eu fico mesmo do nada
danada, zangada, desmiolada e quebrada por dentro...
sabe o teu destino traçado de traços mal feitos,
e não sabe que agora vive um ontem de tantos tropeços
que mancham alma
que limpam alma
que permitem partir
e não mostram p/ onde ir...
então eu corro aqui parada, debochada de mim mesma
igual à tantas Terezas que beijam mães, tem filhos e maridos
igual homens sofridos que vão p/ casa calados e depois de mal amados aventuram-se sabendo porque...
e você meu caro? o que vem à mim reclamar?
recordas do teu passado?
sentas quieto no bar?
desvendas o segredo que fecha as pernas da tua mulher?
ou atravessas a rua e mora noutra casa tua?
és interesse de compadres ou padre que pede dízimos?
és cavalheiro trazendo flor ou macho que faz amor?
serias outro se pudesses não?
e no entanto tua mão continua pedindo carona
daquela dona bonita que vai passar
e com os mesmo problemas teu resgate vai chegar
então os dois se encontram e buscam juntos o que nem sabem
mas em dois já cabe mais que num só[Image]
e eu sigo com minha dó
de quem só sabe falar
e nem abraço tem p/ dar
muito menos ir atrás
do que à tempo jaz
que é felicidade guardada
p/ ser tirada do armário
quando visita chegar...
Darei-te essa rosa enquanto me viras p/ te olhar, me guardas por guardar e então fugimos juntos dessa espécie de tratamento de quem não sabe tratar...
(Denise)
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